terça-feira, 8 de setembro de 2009

DIÁRIO DE ANEDOTAS

AINDA DANDO UMA CHECA SOBRE A MINHA VIDA E AS LENDAS QUE ME TORNAM NUM AMANTE DO REALISMO, ESTÃO AQUI PATENTES AS MINHAS IMAGENS COM O SLOGAN CADA MINUTO UM MINUTO.



Esta planta chama - se Canhueiro.
Em Moçambique, no Sul do País é muito útil para o engrandecimento da tradição, isto é, esta planta é útil para o fabrico de sumo, denominada Shi canhiy, sendo sumo de canho. Este sumo é usado para celebrar o culto dos antepassados, e naturalmente é realizado sempre no dia 02 de Fevereiro de cada ano, data esta que calha com a celebração do Guaza Muthini - em Marracuene, concretamente na Província de Maputo. Entretanto, esta data é considarada a cerimónia do Guaza Muthini e a permissão do consumo deste Sumo, isto é, abertura oficial do consumo do sumo deta planta - Canhueiro.
Esta cerimónia que referi de adoração dos antepassados é conhecida por KU PHAHLA - Adoração dos defuntos.
Esta cerimónia, também serve para pedir aos espiritos dos mortos para mandar cair a chuva quando passa um bom tempo sem chover, isto segundo a tradição tsonga do sul de Moçambique.
Indo para o Guaza Muthini celebra - se a data da Bathalha que se travou entre Guerreiros e Colonos Portuguese, nas margens do Rio Incomati na Província de Maputo.

Entretanto, o Canheiro tem muita importância para o povo Tsonga pois a sua semente tem uma amendoa muito nutritiva quando usada para temperar o Caril (Vegetais), tal como: Matapa, folhas de aboboreiras,  folhas de feijão nhemba.

Enfim, este povo festeja a data e alegra - se por tomar o tradicional sumo de canho, pois não se vende, por ser tradicional, e cada família tem a obrigatoriedade de preparar o sumo e tirar cinco litros para a comemoração deste dia da abertura, e quém não puder preparar o sumo deve contribuir com cinco meticais para realização das cerimonia de Ku phahla, não sendo o mesmo dia de abertura para cada zona, isto é, o dia 02 de Fevereiro, é um dia oficial para toda a Província, e nas localidades é realizada nos subsequentes, é daí que cada família deve contribuir com um cinco litro de sumo para alegrar e adorar os defuntos.
Depois de concentrado todo o sumo, debaixo da sombra de um certo canhueiro já escolhido pelos residentes do bairro, o Nduna - responsável da localidade pelo orgão tradicional pega numa cabaça e aprova - o. Depois disso, deita debaixo do canheiro, e fala com os defundos, isto tudo acompanhado com canções tradicinais. E por fim todos, tomam.
Aí as pessoas tomam até acabar, caso não puderem acabar nesse dia preferível continuar no dia seguinte. E no fim desta festa comum, a festa continua já em cada casa onde cada família prepar o sumo e convida amigos e parentes para celebrar a cerimónia.

Entretanto, esta planta é grande alegria para o povo Tsonga na zon sul de Moçambique.
Não obstante, pelo seu grande valor nutritivo, que reside na Amendoa da semente desta planta.

Filipe Alexandre Pedro            

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